quarta-feira, 5 de agosto de 2009

O “vosso” oligarca e a mídia

*Por Nezimar Borges
POR ESSA o último coronel da política brasileira não esperava. A contribuição inesperada e desesperada da mídia em mostrar seus modus operandi em relação à forma de como ludibriar a as instituições brasileiras.. E, nesse caso, o papel da mídia é correto? Ou, digna de mídia coerente com os pressupostos com que está sacramentado na carta magna superior sobre meios de comunicações? O qual é levar à população a informação de qualidade, independente de ideologia política partidária?
Uma das figuras mais abominável para os socialistas brasileiros, se não a mais, semana entrante, deve pagar uma pequena parte de seus “pecados” ou “dívidas” com a ala mais progressista ou com os setores mais esclarecidos da sociedade. E a aqui é bom destacar - pena ser apenas nesse caso - o papel da mídia em mostrar a verdadeira face obscura do oligarca maranhense.
Comentando sobre esse caso, hoje, em uma reunião pedagógica, se ouviu de um jovem professor o comentário sobre a situação da educação no estado do Amapá. Dizia ele: “a educação está assim desse jeito porque quem manda aqui é o Sarney”. E, pode se dizer que uma minúscula parte do pecado e da dívida mencionada acima, apesar de ser um pequeno fato perante outros mais graves, ser em alusão ao que acontece na educação do Amapá. Mas, deixando o descaso da educação de lado, voltamos ao papel da mídia. Deve-se agradecê-la por colocar uma figura em seu verdadeiro lugar, que, até então, há três meses posava de grande “exemplo” de “estadista” de político tupiniquim aos mais desinformados. Agora, a sua figura esculachada, na vala comum de outros de outrora juntando se ao perfil enigmático e emblemático, para não dizer nocivo a sociedade, como exemplos de Jáder e ACM, que em outras épocas passaram por atropelos menores em comparado a esse. Para aqueles que acompanham a política de perto, não é novidade. Mas para a “plebe”, hoje, ficar sabendo dos inúmeros atos de corrupção do temido coronel maranhense, sim. Ou já desconfiavam dos atos nada republicanos do oligarca. Em artigo de hoje para o jornal direitista folha de São Paulo é visível o seu “chororo” em relação à eminência de sua derrocada, atribuindo a culpa desta última à mídia. Da situação que passa nesses dias, segundo ele, do ataque a sua “honra”.
Há de se comentar o papel da mídia sobre a avalanche de noticias, e é bom que se diga, verídicas em relação ao caudilho maranhense. As mesmas vêm à tona, pois quando se há uma guerra política pelo poder, onde a disputa está ideologicamente indo pelo mesmo caminho, aparece à luz da sociedade, a veracidade de atos obscuros da política brasileira. Enfim, pena ser apenas nesse caso, ainda que por meros interesses que seja, a mídia está correta. Mas ela está errada em inúmeros outros casos, pois usa dois pesos e duas medidas, mostrando a sua faceta eleitoreira, como por exemplo, do caso da filha do ex-presidente vendilhão neoliberal, FHC. Pois a mídia não deu publicidade igual aos atos desvairados do maranhense em relação à filha de FHC a qual recebia do senado quase oito mil reais sem trabalhar. Ainda empossada no cargo por ato secreto de um senador do PFL, hoje DEM.
Esse caso chega a ser “delicioso” para muitos. Saber que Sarney estará condenado ao ostracismo e, porque não dizer, que o feitiço virou contra o feiticeiro, em referencia ao trabalho dos jornalistas do Estadão. Pois como se sabe, Sarney é dono de uns conglomerados de empresas de comunicação no Maranhão e controla indiretamente quase todas as empresas de comunicação no Amapá. Sempre as usou para atingir, mesmo diante de inverossímilidades, seus adversários políticos. Nas eleições de 2006, a internet escapou do seu controle, e, de posse de sua influência de parte do judiciário, calou e fechou sites e blogs na justiça amapaense.
Em tempo, a farsa montada pelo áulico maranhense em 2001 e colocada em prática por seus asseclas amapaenses, as quais diziam suas mídias quase que diuturnamente, de que o então governador socialista João Capiberibe havia sacado em boca de caixa quase quatrocentos milhões de reais. Um absurdo. Farsa que, digamos assim, “esquentou” outra farsa paralela, o caso da cassação de mandato do senador. Nessa época, jornais locais, como o Diário do Amapá, sempre apareciam com capas difamatórias e caluniosas dentro do plenário do senado federal, no intuído, talvez, de justificar o processo de cassação do socialista. A farsa, depois de anos, foi desmontada pela polícia federal, pelo ministério público, pela justiça e pelo Juiz federal do Estado do Amapá, José Renato Rodrigues, que absolveu João Capiberibe.
Ainda nos seus transcritos de hoje, reveste-se da reciprocidade entre política e guerra para, talvez, justificar uma possível injustiça do qual estaria sendo vítima. Mesmo quando é pego vivendo, ainda que se diga, sem necessidade, à custa não da honra, mas da desonra do senado federal.
Lembrando Maquiavel e não Lênin, como diz, da reciprocidade entre política e guerra: os fins justificam os meios. É certo que essa filosofia é muito bem usada por ele. Nesse caso, usa de todos os meios – meios de comunicações, literalmente, a mídia barata para atingir seu fim. Foi assim em tantas eleições usurpadas por Sarney no maranhão e no Amapá. E, seria trágico não fosse tão cômico, Sarney associar a arte de fazer jornalismo (destruindo biografias como a dele) à arte de fazer política direcionada à guerra. Ele que sempre usou essas mídias para prolongar seu poder.
Afinal deixa-se a seguir sua frase, para reflexões, suas lamentações e o seu “chororo”:
“Hoje, com a sociedade de comunicação, os princípios da guerra aplicados à política são mais devastadores do que a guilhotina da praça da Concorde. O adversário deve ser morto pela tortura moral disseminada numa máquina de repetição e propagação, qualquer que seja o método do vale-tudo, desde o insulto, a calúnia, até a invenção falsificada de provas.(...)diante desse tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito pela pessoa humana?”É... Sarney provando a pequeno gosto do seu próprio veneno.
*Nezimar Borges – Tecnólogo e Professor
Publicado em http://www.nezimarborges.blogspot.com

Duque arquiva primeiros processos contra Sarney



Rodolfo Torres
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivou nesta quarta-feira (5) os quatro primeiros processos (três denúncias e uma representação) contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Ao todo, o peemedebista responde a 11 pedidos de investigação no colegiado. Também foi arquivada nesta noite uma representação contra o ex-presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL).
A primeira denúncia desconsiderada por Duque foi apresentada pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e questionava a conivência de Sarney com a atuação de um de seus netos na concessão de empréstimos consignados a funcionários do Senado.
Depois, Duque arquivou, sem consultar o plenário do Conselho, a acusação de que a Fundação Sarney teria utilizado de forma irregular recursos públicos recebidos em forma de patrocínio cultural, e a negativa de Sarney em plenário sobre sua responsabilidade sobre o órgão que leva seu nome. Por fim, Sarney e Renan foram absolvidos da acusação de terem participado da formalização de atos administrativos secretos, que vinham sendo editados há 14 anos sem qualquer tipo de publicidade, violando preceitos constitucionais.
“O STF [Supremo Tribunal Federal] exige que a prova não seja recorte de jornal”, afirmou Duque. O senador fluminense explicou que os outros seis pareceres serão divulgados até a próxima sexta-feira (7). "O argumento foi jurídico", explicou Duque ao final da sessão. Do outro lado, o líder do Psol, José Nery (PA), criticou a decisão. "Aqui começou a ser servida uma pizza que a população brasileira não aceitará", afirmou o parlamentar, que pediu o afastamento de Duque da presidência do colegiado. Nery argumenta que o senador do Rio de Janeiro afirmou que os atos secretos são "bobagens" e que o Psol não existia. Leia mais: Psol deve processar presidente do Conselho de ÉticaO senador Demóstenes Torres (DEM-GO) também disparou contra a decisão do colegiado. "Ele agiu como membro da tropa de choque e passou como um trator", afirmou o goiano, complementando que amanhã um recurso contrário à decisão poderá ser apresentado. Parlamentares contrários à permanência de Sarney na presidência do Senado terão dois dias, após a publicação do parecer no Diário Oficial, para recorrer da decisão. Paulo Duque afirmou que os cinco primeiros pareceres serão publicados nesta quinta-feira (6).

Prefeito Roberto Góes, aliado de Sarney, cassado pela 4a vez em Macapá



Macapá, 05/08/2009 - O prefeito de Macapá, Roberto Góes e sua vice-prefeita Helena Guerra(DEM) foram condenados hoje, 05, à perda registro de candidatura, ou seja, do mandato e ao pagamento de multa de 40 mil Ufir’s, por comprar votos de eleitores em troca de tickets combustível. A decisão foi proferida pela juiza Sueli Pini, da 10a Zona eleitoral e deu-se em resposta à representação n. 6301/2008 da Frente pela Mudança, coligação que concorreu com a chapa de Góes nas últimas eleições. Clique em ler mais para continuar a leitura
Histórico
O prefeito de Macapá, Roberto Góes(PDT), eleito em outubro do ano passado teve seu registro de candidatura, ou seja, mandato, cassado hoje pela quarta vez desde as eleições. Roberto Góes foi condenado todas as vezes por captação ilícita de sufrágio(compra de votos), por dois juizes diferentes. As duas primeiras decisões foram assinadas pelo juiz Marconi Pimenta, da 10a Zona Eleitoral de Macapá e as duas últimas pela juiza Sueli Pini, também da 10a Zona, que substituiu o juiz Pimenta. O que mantém Roberto Góes no cargo são medidas liminares concedidas a ele por membros do TRE.Dia 12 de agosto vai haver o julgamento pelo pleno do TRE de recursos de dois desses processos e o prefeito, que está cassado nesse momento, pode vir a ser afastado de fato do cargo, pois embora tenha sido cassado, Góes, que é primo do governador do estado Waldez Góes e correligionário local do senador José Sarney, não saiu da prefeitura e chegou até a participar enquanto estava cassado da posse do Presidente do Tribunal de Justiça do Amapá, Douglas Evangelista.
Saiba quais as ações cujos recursos deverão ser julgados no próximo dia 12 de agosto pelo pleno do TRE:
Ação de Investigação Judicial Eleitoral(AIJE) 5997/08Investigante: Ministério Público EleitoralInvestigados: Antonio Roberto Rodrigues Góes da Silva(Roberto Góes), Helena Guerra, Cassandra Barbosa Guerra, Mariana dos Santos Nascimento, Rozana Duarte Cordeiro, Joaquim dos Prazeres Silva e Maria Edinamar Santos Dantas.Motivação: Roberto Góes e sua vice estão condenados por abuso do poder Econômico e captação ilícita de sufrágio(compra de votos) por oferecer vantagem pessoal através de cestas básicas e remédios em favor dos candidatos eleitos Roberto Góes, Helena Guerra e Kika Guerra(candidata a vereadora não eleita, filha da vice-prefeita).
Situação: Conclusos ao relator juiz Marco Miranda para julgamento na pauta no próximo dia 12 de agosto.Ação de investigação Judicial Eleitoral(AIJE) 5966/08Representante: Coligação Frente Pela MudançaRepresentados: Antonio Roberto Rodrigues Góes da Silva(Roberto Góes) e Helena GuerraMotivação: Abuso do poder político por parte da primeira dama do estado Marília Brito Xavier Góes, além de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) na modalidade entregar e prometer em favor dos candidatos representados roberto Góes e Helena Guerra, beneficiários diretamente da compra de votos. Utilização de benefícios sociais do governo do estado – Renda para Viver Melhor e promessa de criação de uma nova modalidade de ajuda denominada projeto Travessia.
Situação: Conclusos ao relator juiz Marco Miranda para julgamento na pauta no próximo dia 12 de agosto.

fonte:www.lucianacapiberibe.com

terça-feira, 4 de agosto de 2009

PT desiste de reunir bancada e mantém posição sobre afastamento de Sarney

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PT desistiu de reunir sua bancada no Senado para rediscutir o pedido de licença temporária do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). O líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), disse hoje que o partido já expressou sua posição favorável ao afastamento temporário de Sarney em notas emitidas na semana passada --mesmo depois que o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) disse que as notas não exprimiam o pensamento integral da bancada.
"A bancada do PT já tomou a sua decisão em relação à crise que foi expressa em duas notas. As posições estão mantidas considerando que a licença do senador Sarney seria o melhor caminho", disse.
Mercadante afirmou que respeita posições de "ministros ou líderes partidários" favoráveis à permanência de Sarney, mas reiterou que a bancada do PT defende que o peemedebista deixe o cargo por alguns dias.
"Nenhum senador [do PT] me pediu para rever essa posição. Estou conversando com todas as lideranças da Casa. Vou conversar com os partidos, buscar um clima que permita ao Senado superar essa crise. [A licença] seria um gesto de grandeza que contribuiria muito", afirmou.
No final de julho, a bancada do PT divulgou notas assinadas por Mercadante, nas quais o partido defende o afastamento temporário de Sarney da presidência do Senado. O ministro José Múcio veio a público afirmar que as notas não eram um "movimento do PT", mas um posicionamento de "um ou dois senadores" --desautorizando o líder petista.
Reuniões
Mercadante se reúne nesta terça-feira com senadores favoráveis ao afastamento de Sarney, como Sérgio Guerra (PSDB-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Pedro Simon (PMDB-RS).
O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), contrário à permanência de Sarney, defende que os senadores que optam pelo afastamento do peemedebista tenham um discurso mais articulado para falarem juntos.
"A oposição tem que se organizar. Ontem foi ruim, hoje tem que melhorar. É um cacoete que a oposição traz nesta legislatura há algum tempo. A gente está mergulhado nesse impasse. A oposição tem que ser firme, determinada, não responder na mesma provocação", afirmou Jarbas.
O peemedebista ficou irritado com o que chama de "ataques" dos senadores Fernando Collor (PTB-AL) e Renan Calheiros (PMDB-AL) a Simon no plenário do Senado. Os dois parlamentares alagoanos trocaram acusações com Simon depois que o peemedebista defendeu a renúncia do presidente do Senado. Aliados de Sarney, Renan e Collor não deixaram um ataque contra o peemedebista sem resposta.

Ministério Público pede devolução de R$ 300 mi em nova ação contra Maluf

da Folha Online
O Ministério Público de São Paulo protocolou nesta segunda-feira uma nova ação civil pública contra o deputado Paulo Maluf (PP-SP) por superfaturamento de obras na época em que era prefeito de São Paulo (1992-1996). Na ação, os promotores Silvio Marques e Saad Mazloum pedem que Maluf devolva R$ 300 milhões que teriam sido enviados ilegalmente ao exterior e utilizados para comprar ações da Eucatex --empresa da família do parlamentar.
Além do deputado, também são citados na ação a mulher de Maluf, Sylvia, os filhos Flávio, Otávio, Lígia e Lina e a ex-nora Jacquelline de Lourdes Coutinho Torres, ex-mulher de Flávio, além da Eucatex.
A assessoria de Maluf divulgou nota na qual nega que o deputado tenha conta no exterior. "Paulo Maluf não tem e nunca teve conta no exterior. O aumento de capital da Eucatex foi feito em 1997, de forma legal, juridicamente perfeita e aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários. Essa ação é mais uma invencionice do promotor Silvio Marques".
A investigação começou em 2001 e já tem 55 mil páginas. Segundo o Ministério Público, os documentos mostram que Maluf desviou cerca de US$ 160 milhões dos cofres públicos, entre 1993 e 1998, por meio de superfaturamento de obras da avenida Água Espraiada (atual avenida Jornalista Roberto Marinho) e do Túnel Ayrton Senna. Segundo a promotoria, Maluf recebeu recursos indevidamente até dois anos depois de ter deixado o cargo.
O dinheiro foi remetido ilegalmente para contas secretas no exterior, especialmente em bancos dos Estados Unidos, Suíça, Inglaterra, Ilhas Jersey, França e Luxemburgo, por meio de empresas controladas por familiares de Maluf. Segundo os promotores, a maior parte desse dinheiro retornou ao Brasil, na forma de investimento.
Os promotores contaram com a colaboração de governos estrangeiros por meio de cooperação jurídica internacional.
As investigações do Ministério Público sobre um suposto esquema de corrupção envolvendo o ex-prefeito começaram em 2001, quando foi instaurado um inquérito civil. As apurações resultaram em seis ações cautelares, que resultaram na quebra do sigilo fiscal e bancário de Maluf e de seus familiares. Em 2004, o Ministério Público moveu uma ação de improbidade que resultou no bloqueio judicial dos bens da família Maluf.
Na ação impetrada nesta segunda-feira, os promotores pedem a repatriação e devolução dos mais de US$ 165 milhões, bem como o congelamento de bens dos envolvidos no Brasil e nas Ilhas Jersey.

Lula "quer distância" de Sarney, diz "Wall Street Journal"

da BBC Brasil
Uma reportagem do jornal americano "Wall Street Journal" desta terça-feira afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "busca se distanciar" do presidente do Senado, José Sarney.
No texto intitulado "Líder brasileiro busca se distanciar de aliado", o correspondente do jornal em São Paulo, John Lyons, afirma que Lula "enfrenta um possível revés em meio a acusações de corrupção que colocaram pressão para que um importante aliado renuncie do comando do Senado".
O jornal diz que inicialmente Lula defendeu Sarney das acusações, mas que na semana passada, em uma entrevista coletiva, o presidente brasileiro "indicou que cortou seus laços, sugerindo que não vai mais defender Sarney".
"Uma aliança com Sarney ajudou a garantir maiorias para Lula e seu partido de esquerda, o PT, nos últimos anos."
Popularidade "medíocre" de Dilma
O jornal enumera algumas ações de Sarney e diz que o presidente do Senado tem falado que não vai renunciar ao cargo.
"Sarney pode enfrentar a tempestade. Mesmo se ele renunciar como presidente do Senado, ele provavelmente continuará sendo senador, dizem muitos analistas", afirma a reportagem.
"Ainda assim, uma renúncia sacudiria Sarney justo quando o presidente Lula precisa dele para liderar uma investigação no Congresso sobre práticas contábeis na estatal do petróleo [Petrobras]."
O repórter também afirma que Sarney é importante para agregar votos a Dilma Rousseff, a candidata escolhida por Lula para as eleições presidenciais de 2010.
"Depois de dois mandatos no poder, Lula não pode se reeleger, e os índices medíocres de popularidade de Rousseff sugerem que ela vai precisar de uma coalizão multipartidária para vencer."

Após bate-boca no Senado, cinco partidos se unem para cobrar afastamento de Sarney

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Senadores do PSDB, DEM, PDT, PT e PSB se uniram nesta terça-feira numa espécie de "frente" suprapartidária para endurecer o tom dos discursos e cobrar conjuntamente o afastamento temporário de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado. O movimento surgiu em resposta aos ataques de aliados de Sarney ao senador Pedro Simon (PMDB-RS) no plenário do Senado nesta segunda-feira.
Os partidos prometem responder duramente aos ataques da tropa de choque de Sarney no plenário do Senado a partir desta tarde. Além disso, os senadores estudam divulgar uma nota com o pedido para que Sarney deixe o cargo temporariamente caso o Conselho de Ética arquive as denúncias contra o presidente da Casa sumariamente.

"É uma grande frente pela dignidade do Senado, que fica insustentável se o Sarney permanecer na presidência", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM).
O grupo anti-Sarney prometeu subir o tom dos discursos depois dos ataques dos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Fernando Collor (PTB-AL) a Simon. O ex-presidente da República pediu que Simon "engula" suas palavras quando for se dirigir a ele, enquanto Renan acusou o peemedebista de ter posturas distintas nos bastidores e publicamente sobre Sarney.
"Se eles tiverem munição, têm que apresentar. Não ficaremos intimidados com nenhuma das ameaças. Isso é incompatível com a prática legislativa", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES).
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que a disposição do grupo é insistir no afastamento temporário de Sarney. Os senadores optaram por cobrar a licença do peemedebista, e não a renúncia, porque precisam do apoio da bancada do PT ao movimento --que não se mostrou favorável à saída definitiva de Sarney.
"A nota será de afastamento porque o PT quer o afastamento temporário. Se a maioria dos partidos quiser o afastamento, teremos maioria numérica para cobrar a licença de Sarney", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
Guerra disse que o grupo não vai aceitar "ameaças" dos aliados de Sarney. "Não ameaçamos ninguém nem aceitamos ameaças. Troca de acusações, dossiês, isso não é conversa de democrata, mas de golpista. Neste momento, a pior atitude é a tropa de choque e a chantagem", disse o tucano.
Arquivamento
Os senadores prometem assinar a nota conjunta com o pedido de afastamento temporário de Sarney se o presidente do Conselho de Ética, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), arquivar sumariamente todas as representações e denúncias contra Sarney.
O peemedebista sinalizou a aliados que pretende arquivar as acusações antes de submetê-las ao plenário do conselho, o que irritou o grupo contrário à permanência de Sarney.
"O Paulo Duque não tem competência para arquivar. Para a questão dos atos secretos, tem que se abrir investigação. Se ele fizer isso [arquivar], vamos recorrer", afirmou Demóstenes. Casagrande, por sua vez, disse que Duque vai desrespeitar a resolução que regulamenta as atividades do Conselho de Ética, se arquivar as denúncias.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ELEIÇÃO PARA DIRETOR NO MUNICÍPIO DE MACAPÁ ,QUANDO SERÁ?

Depois de intenças greves no ano de 2006, os professores e pedagogos do Municipio de Macapá não obtiveram seu PCCR(Plano de Carreira e Remuneração do Magistério),implementado de fato pelo atual prefeito Roberto Góes.Os profissionais da Educação esperam até hoje a regulamentação da Lei Complementar nº039/2006-PMM,que trata da eleição de diretor,conselho escolar e programa de bolsas de estudos para cursarem pós-graduação lato sensu e Stricto sensu,pois os professores questionam junto ao SINSEPEAP a regulamentação que não acontece há mais de 2 anos.Outra questão é a inclusão do servidores administrativos no plano,que contemplava apenas professor e pedagogo,a proposta do Sinsepeap,apresentada para o Prefeito Roberto Góes e Secretária de Educação Professora Conceição Medeiros incluem,serventes, merendeiros,tecnicos em Administração Pública,auxiliar de disciplina,dentre outros.Segundo a Professora Nazaré Marques vice presidente da Executiva Municipal de Macapá,falou em Assembléia Geral Ordinária no dia 01 de agosto,que teria uma reunião com a Secretária de Educação na terça feira dia 04.08 para resolver pontos de pauta da educação,uma delas é o retroativo da regência de classe prometido para ser pago em maio e ninguém recebeu até hoje.Segundo a Nazaré Marques encaminhariam a proposta de emenda ao PCCR até o mês de setembro para a Camara Municipal de Macapá,pois o SINSEPEAP espera aval do Prefeito Goés para encaminhar o Projeto.O que parece tão estranho, é que até hoje o sindicato não fez Assembléia Geral com os servidores para debater as propostas de alterações apresentadas.Isso no minímo e falta de respeito com a categoria,mandar projeto sem discutir.

Deputada Janete ‘desnuda’ Sarney na Tribuna da Câmara

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Com a palavra a Deputada Janete Capiberibe. V.Exa. dispõe de 5 minutos.A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB-AP. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o Brasil vive um momento crucial para a democracia e o futuro do País. O uso privado do Poder Público, a manipulação dos cargos e dos poderes, o nepotismo, o desmando e a corrupção revelam-se e são repudiados.Desacostumado à democracia, surgem as práticas ditatoriais com as quais José Sarney fez sua vida pública e o patrimônio da família.
No Maranhão, dominam quase todos os veículos de comunicação. Um e outro, como o Jornal Pequeno, ousam lhe fazer oposição. No Amapá, a benemerência vem em troca de favores ou pela força, negando o debate democrático a toda população.
Nas eleições de 2006 e 2008, uma saraivada de processos judiciais calou jornalistas, rádios, sites e blogs. Com aliados no Judiciário, ameaçou quem não pactua com sua falácia.Pela lei da mordaça, Sarney arrancou mais um mandato de Senador pelo Amapá, que diz representar. Não pelo Maranhão, como o coronel confunde até o Presidente Lula.Para Sarney, vale tudo para manter-se no poder. Por meio dos apadrinhados, manipula as instituições para atingir seus objetivos e usa do poder para colocar aliados em postos chaves. Em lugares estratégicos, os aliados lhe são úteis, dando a impressão de que Sarney age dentro de normas republicanas.Usa-se disso, por exemplo, para conseguir concessões de rádio e TV, no Maranhão, diretamente, no Amapá, através de aliados. Assim, manipulam todas as informações.Sarney exibiu seu poder ao cassar o meu mandato de Deputada Federal e o do meu marido, o Senador João Capiberibe. O processo, e provas forjadas, teve efeito por uma decisão inconclusa, até hoje, porque não foram julgados os embargos declaratórios que desmontam a falácia com a qual foram tirados nossos mandatos legítimos.No lugar do Senador do PSB, Sarney plantou um aliado, Gilvam Borges, seu parceiro nos canais de rádio e TV, que poderá lhe retribuir o mandato adquirido no tapetão com seu voto agora no Conselho de Ética do Senado.Da mesma forma, Sarney fez chacota da democracia e dos votos maranhenses, usando aliados no Judiciário para cassar o governador eleito Jackson Lago e pôr, no seu lugar, a candidata derrotada. Sem coincidência, sua filha, Roseana Sarney.Tenho denunciado os desvios de recursos do aeroporto de Macapá, obra que nunca termina. Os grampos nos quais o braço financeiro do PMDB de Sarney, Zuleido Veras, indica que não faltará dinheiro por ser uma obra do Sarney não foram, à época, para uma investigação. Mas, agora, a Polícia Federal se mobiliza para investigar esta relação, como já provou o conluio entre Zuleido e Sarney em outras obras.No Amapá, sua cartilha, adotada servilmente por boa parte de políticos, está levando o povo ao empobrecimento e à miséria. Pela Fundação Getúlio Vargas, os indicadores socioeconômicos do Amapá só pioram.A relação é direta: quando Sarney e o seu grupo político se fortalecem, a terra fica arrasada e a população muito pobre.
Concluo, Sr. Presidente. Em 1971 eu e o Senador Capiberibe e minha filha Artionka saímos do País ameaçados pela ditadura, da qual Sarney fazia parte. Não abandonamos nossa militância nem nossas ideias de justiça e democracia.Hoje o verdadeiro Sarney aparece ao País. Sua camuflagem, que lhe permitiu conviver com qualquer tipo de regime, inclusive com a pior ditadura, cai por terra. Sua máscara de democrata, construída cuidadosamente, foi substituída pela face verdadeira de ditador.A ainda frágil democracia enfrenta o fantasma da ditadura que mutilou a vida de milhões de brasileiros. Não é possível pensar em nenhum passo atrás nem em qualquer resquício de atraso que possa violentar o povo brasileiro.Fora Sarney, viva a democracia, viva o povo do Amapá, viva o povo do Maranhão!Peço a V.Exa., Sr. Presidente, a divulgação do meu discurso nos órgãos de comunicação desta Casa.Obrigada.