quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Veja repercussão da morte de Zilda Arns


da Folha Online

Atualizado às 23h21.

Brasileiros lamentaram nesta quarta-feira a morte de Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista e fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança.

Zilda foi vítima do terremoto que destruiu o Haiti ontem. De acordo com a pastoral, ela estava no país desde segunda-feira para participar de um encontro com religiosos.

Veja declarações sobre a morte de Zilda:

"Lamento o episódio profundamente. O Brasil perdeu uma de suas mais expressivas figuras. Ela era um exemplo extraordinário de dedicação às crianças, aos pobres e às causas sociais. Era uma referência. Essa não é uma perda só para a família, mas para o Brasil inteiro. Sua morte enluta todo o país."
José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado

"A morte de Zilda Arns deixa de luto não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adotados por ela em seu trabalho na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso."
Michel Temer (PMDB-SP), presidente da Câmara dos Deputados

"Eu vejo a morte de Zilda Arns hoje como vi a do diplomata Sérgio Vieira de Melo [morto em 2003 durante um atentado terrorista com carro-bomba no escritório da ONU, em Bagdá]. Ambos foram brasileiros que sacrificaram suas vidas no exterior lutando por suas causas. É uma tristeza muito grande para nosso país."
Cristovam Buarque (PDT-DF), senador

"Na tragédia que atingiu o Haiti, perdemos, todos os brasileiros, uma das nossas mais importantes referências no campo social. E Minas, a sua mais generosa parceira. Os inúmeros exemplos que Doutora Zilda nos deixa de solidariedade, de responsabilidade compartilhada e amor pelo Brasil ficarão, no entanto, para sempre. Para nós, significam um verdadeiro legado capaz de iluminar o caminho do país na direção da justiça e equidade."
Aécio Neves (PSDB), governador de Minas Gerais

"O Brasil, assim como o povo irmão do Haiti, encontra-se enlutado pelo ocorrido e lamenta a perda dessa lutadora das causas sociais de nossa gente, em especial das crianças."
Pedro Wilson (PT-GO), deputado e primeiro vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara

"O fato de Zilda, aos 75 anos, estar no Haiti para levar sua palavra de solidariedade mostra sua dedicação. Ela era um exemplo. Eu, que a conheci, sempre a admirei e respeitei muito. Ela tinha um trabalho muito bonito, principalmente para com as crianças, no Brasil e no mundo."
Eduardo Suplicy (PT-SP), senador

"Uma lamentável perda de vidas humanas. Em especial, a perda de Zilda Arns, alguém que reunia em sua pessoa a generosidade, a caridade e o cuidado com os mais vulneráveis, sobretudo com as crianças."
Raul Jungmann (PPS-PE), deputado membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara

"Uma perda imensa também para nosso país."
Cândido Vaccarezza (SP), líder do PT na Câmara

"Com profundo pesar, lamento a morte de Zilda Arns, dos vários brasileiros e de todas as pessoas que perderam suas vidas na tragédia ocorrida no Haiti. Médica e idealizadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns foi uma grande humanista. Dedicou toda a sua vida ao próximo, contribuindo decisivamente para a redução da mortalidade infantil e das desigualdades sociais no Brasil. O seu trabalho e a sua dedicação à causa social, cuja importância lhe rendeu vários títulos internacionais e uma indicação para o Prêmio Nobel da Paz, permanecerão como exemplo para as futuras gerações de brasileiros."
Gilberto Kassab (DEM), prefeito de São Paulo

"A morte surpreende sempre, mas no caso de Zilda Arns acresce à surpresa um grande sentimento de perda em face do seu trabalho, do seu compromisso com a vida, com a dignidade humana e com os valores éticos. Ela morreu ensinando e cumprindo sua missão."
Patrus Ananias, ministro do Desenvolvimento Social

"Alguém que foi capaz de traduzir os valores do Evangelho na prática. A perda é muito dolorosa."
Marina Silva (PV-AC), senadora

"Sua perda é dolorosa para todos nós. Para mim, foi-se uma amiga, muito querida."
José Serra (PSDB), governador de São Paulo

"Profundamente consternado com a tragédia que atingiu o Haiti, ao qual nos sentimos vinculados fraternalmente em razão da presença da Força de Paz liderada pelo Brasil, transmito meu pesar e minha total solidariedade ao povo haitiano e à família das vítimas brasileiras, civis e militares, em especial à de Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa e conselheira do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Que Deus dê conforto a todos nesse momento doloroso."
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente

"Zilda Arns foi uma mulher iluminada. Movida pelo seu imenso amor aos excluídos, dedicou-se a dar melhor qualidade de vida a milhões de crianças no Brasil e no mundo. Sua morte é uma perda imensa para todos aqueles que sonham com um Brasil verdadeiramente mais generoso e solidário. Foi essa dedicação inclusive, que a levou ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz, em 2001, por Fernando Henrique Cardoso e José Serra."
Sérgio Guerra, presidente do PSDB

"Se as pessoas fossem classificadas como boas ou necessárias, todos nós sabemos que teríamos de acrescentar uma categoria para dona Zilda Arns. Ela era imprescindível. Sua contribuição para o desenvolvimento humano e social do país vai permanecer por muitos anos e seu exemplo irá nos motivar para sempre."
Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM e deputado federal (RJ)

"A atuação desta grande mulher e grande sanitarista brasileira foi essencial para elevar a criança a uma condição prioritária dentro das políticas públicas brasileiras",
José Gomes Temporão, ministro da Saúde

"A médica pediatra Zilda Arns sempre teve a vida pautada pelo trabalho social, solidário e voluntário, principalmente pela fundação da Pastoral da Criança. Nessa atividade ela foi a precursora do emprego da 'multimistura' na alimentação infantil, que ultrapassou as fronteiras do Brasil e já contribuiu para combater a desnutrição de milhões de crianças."
Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura

"Três vezes indicada ao Prêmio Nobel da Paz, a médica foi inspirada a iniciar seu trabalho em 1982, depois de um membro das Nações Unidas incumbir seu irmão, o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, de promover a redução da mortalidade infantil no país por meio da Igreja Católica."
Fundação Abrinq

"Temos certeza que se trata de uma perda irreparável para o Paraná, o Brasil e o mundo, e sabemos que o trabalho iniciado por ela é inigualável e deve ser continuado."
Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais)

"Foi uma figura proeminente nas lutas pela valorização da criança brasileira e das pessoas mais pobres de nosso país."
MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos)

"Que nosso Deus, em sua misericórdia, acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e os desamparados. Não é hora de perder a esperança."
dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo e irmão de Zilda

"A CNBB recebeu, assim como muitos brasileiros, com muita dor a notícia. A doutora Zilda Arns, ao longo de quase 30 anos, construiu uma obra incomparável no Brasil que é a Pastoral da Criança, e mais recentemente a Pastoral da Pessoa Idosa. Inspirada no próprio evangelho, ela assumiu a causa da criança como sendo a causa da sua vida e se dedicou a isso. Ela mostrou com um método simples e ao alcance de todos que se pode fazer muito pela defesa da vida."
Padre Geraldo Martins Dias, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)

"A morte de Zilda Arns, em plena ação missionária, no Haiti, tem a dimensão trágica e poética do artista que morre em cena. Dedicou toda a sua vida de médica sanitarista à causa dos desvalidos. Sacrificou a perspectiva de uma vida regular e confortável, que sua qualificação profissional lhe permitia, ao nobre ideal de submeter-se ao mandamento cristão de amar ao próximo como a si mesmo."
Cezar Britto, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)

"Perdemos uma grande brasileira, que resgatou milhões de vidas dos bolsões de pobreza e miséria no Brasil e no mundo, a demonstrar que com trabalho voluntário, solidariedade, sensibilidade social e organização é possível reduzir a taxa de mortalidade infantil."
Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB de São Paulo

"O Brasil perdeu um ícone da luta contra a ditadura e uma incansável e exemplar lutadora pelos direitos das crianças e adolescentes. Vale destacar que seu trabalho em prol das causas humanitárias é reconhecido mundialmente. Nosso pesar a família e todas as vítimas deste terrível desastre ocorrido no Haiti."
Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical

"Ela deixou-nos por força de uma grande tragédia que atingiu o povo do Haiti. Lá ela desenvolvia todo o seu potencial para salvar vidas, fazendo o que mais gostava: trabalhar pelas crianças. A Pastoral da Criança e todas as suas líderes ficaram órfãs de sua criadora, mas não do seu exemplo. Um exemplo voltado para a estruturação de ações comunitárias e firmado na solidariedade entre comunidades, famílias e crianças. Hoje o Brasil é um país melhor porque contou com a contribuição dessa mulher chamada Zilda Arns."
Marie-Pierre Poirier, representante do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil

"Apesar de o Brasil perder uma de suas principais referências na luta pela justiça social, acreditamos que seu trabalho sempre inspirará as pessoas como exemplo de dedicação para mudar a vida de milhões de crianças e adolescentes."
Roberto Freire, presidente nacional do PPS

"É irreparável a perda da coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns. Seu trabalho humanitário sempre dignificou o país. A indústria brasileira se solidariza com o povo brasileiro no luto por esta perda."
Armando Monteiro Neto, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)

"Poucos seres humanos neste mundo tiveram ou têm o privilégio de servir ao próximo como fez Dona Zilda Arns. Mulher guerreira que sempre lutou pelos mais pobres e necessitados. Ela nos deixa de maneira trágica, mas faz a gente acreditar que é possível um mundo melhor."
Prof. Edevaldo Alves da Silva, presidente do complexo educacional FMU-SP

"Com muita tristeza recebi as notícias sobre o Haiti. E venho me solidarizar com as famílias das vítimas, em especial com a família de Zilda Arns, incansável em suas ações em prol da vida, das crianças, dos idosos. Ela já nos faz muita falta, a todos nós brasileiros."
Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo

"Sob o impacto da tragédia que se abateu sobre o povo do Haiti, presto meu tributo especial aos militares brasileiros que tombaram no cumprimento da missão delegada, antes de tudo, pelo povo brasileiro: levar a solidariedade e o calor da nossa gente aos irmãos haitianos. Eles carregavam em seus corações um pouco do amor e da compaixão semeada por Dona Zilda Arns, mulher exemplar que teve sua vida também ceifada neste triste acontecimento."
Nelson Jobim, ministro da Defesa

"O Brasil deve muito à drª Zilda Arns. Foi ela que mostrou como é possível, com a ajuda do trabalho voluntário, enfrentar os problemas sociais e reduzir o sofrimento dos mais pobres. Conseguimos baixar as taxas de mortalidade infantil, não apenas pela ação dos governos, mas pelo devotamento da drª Zilda e da Pastoral da Criança. Ao dar meus mais sinceros abraços de condolências à família, especialmente a dom Paulo, reitero o que foi dito por nosso cardeal: drª Zilda Arns morreu abraçada à causa à qual dedicou sua vida. Que o exemplo sirva e estimule a todos que desejam um Brasil melhor."
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente

"Estamos consternados com a notícia de que a médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança e do Idoso, encontra-se também entre as vítimas."
Ricardo Patah, presidente da UGT

"Com pesar, lamento a morte da missionária Zilda Arns, que morreu em plena ação de caridade e amor à qual se dedicou por toda a vida. Uma perda irreparável para nosso país."
Januario Montone, secretário Municipal da Saúde de São Paulo

"Como líder da bancada do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo e também como médico, lamento a perda de uma das mais importantes referências brasileiras e mundiais em saúde pública e solidarizo-me com seus familiares. Combatente incansável na luta contra a mortalidade infantil e a desnutrição, Zilda dedicou sua vida à militância em favor dos mais fracos e dos mais pobres, encarnando o conceito de que não há Direitos Humanos sem compaixão."
Carlos Bezerra Jr., vereador de São Paulo

"O Supremo Tribunal Federal manifesta profunda consternação ante a dolorosa perda da drª Zilda Arns, cuja admirável obra em prol de milhões de pessoas de todas as nacionalidades honrou o Brasil e orgulhou os brasileiros. Para além dos incontestes resultados de obra tão superlativa, voltada inteiramente a causas humanitárias, à proteção e ao bem-estar dos mais desfavorecidos, a influência desse marcante exemplo de desvelo, abnegação e amor ao próximo, sempre associado à bonomia, competência e humildade, há de repercutir perenemente na formação moral e ética dos brasileiros --e, portanto, na construção de um país mais justo e solidário, sonho pelo qual dedicou toda a vida."
Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal

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