quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Clécio aprova projeto de resolução que muda horário das sessões.

O Vereador Clécio Luis iniciou oficialmente os trabalhos do 2º Mandato nesta terça feira – 03 de fevereiro na Sessão de abertura do Período Legislativo de 2009. O Vereador afirmou esperar que esta legislatura seja positiva para a Casa, mais principalmente para o povo e que a Câmara seja independente, viva e atuante mas só conseguirá tais atributos se fizer do plenário uma caixa de ressonância das inquietações e das reivindicações do povo de Macapá.
Na presente Sessão, foi aprovado Projeto de Lei de autoria do Vereador que transfere as Reuniões da Câmara para o horário da manhã. A iniciativa de Clécio Luis foi aprovada por Unanimidade pelo Plenário o que para o vereador significou uma convergência de interesses da Câmara em se aproximar do povo, visto que o novo horário possibilita não apenas a participação da população, mas da imprensa e outros setores da sociedade e movimentos sociais, dando maior visibilidade tanto para o trabalho dos vereadores, quanto do poder legislativo municipal.
“Tiramos as sessões da escuridão da noite, para a luz do dia e dos olhos da população”. Diz o Vereador.
Clécio Luis também chamou a atenção do Plenário para a questão da crise Mundial, que segundo ele, existe e é real mas não pode servir de justificativa para as coisas continuarem como estão e nem tampouco o povo e os servidores públicos devam arcar com os prejuízos trazidos por ela. Além disso, reafirmou a necessidade de permanecer na oposição de forma programática e responsável não abrindo mão de debates importantes como: Urbanização, Empreendedores Populares, Área de Marinha, Cultura, Diálogo com os movimentos sociais, servidores públicos e com a Educação. Prosseguiu sua intervenção no Grande Expediente com a seguinte explanação:
“Senhoras e senhores,
Quero neste momento, externar meu profundo desejo e empenho, para que estejamos realmente inaugurando um novo tempo para o poder legislativo municipal. Desejo ainda, que nossas atuações sejam capazes de atingir também e principalmente, aqueles que por razões históricas não acreditam mais na política e nas suas instituições, aos que, não por acaso, estão destituídos da esperança e da crença de que ela (a política) é a ferramenta da construção do bem comum e não do jogo-do-se-dar-bem, da vitória a qualquer preço, do toma lá da cá, do rouba mas faz, da desfarçatez e outros jargões que infelizmente a adjetivam.
Caros vereadores e vereadoras, restabelecer a confiança e a credibilidade do povo, será um dos nossos mais nobres desafios, o qual não será fácil e exigirá de nós sacrifício.
As irrefutáveis constatações, de que o povo renova a câmara de vereadores em 2/3 a cada eleição, quer dizer antes de tudo que o conjunto vai mal e que o povo não tem se reconhecido nesta importante instituição.O resultado disso tem sido a perda de grandes vereadores levados pela correnteza que arrastam a todos os políticos para uma vala comum. Causando a desconstrução política, o eterno recomeçar, a desmoralização de uma instituição imprescindível para a democracia através de seus membros.
Para ilustrar, é como se estivéssemos falando aqui, para que todos entendam, de uma turma em que pelo menos 75% dos alunos são sempre reprovados ao final do período letivo. Difícil acreditar que a responsabilidade seja apenas dos alunos, sem avaliarmos o sistema e o processo de avaliação.
Mas quais seriam então, as causas de tão reincidente reprovação popular?
Ao meu ver: a passividade diante das crises, inclusive as de cunho ético, a falta de visibilidade e principalmente, o atrelamento de um poder ao outro para além dos interesses do equilíbrio e da cooperação constitucional entre os poderes, tem ferido de morte o poder legislativo.
Portanto, inauguremos então não apenas uma nova gestão e novos mandatos de vereadores, mas um novo tempo para a representação do poder popular.
No campo de minha atuação pessoal, reafirmo a compreensão de que na política tanto quanto na vida, somos as escolhas que fazemos, portanto reivindico todas elas, como fruto de um acumulo histórico, não apenas meu mas de todos aqueles dos lutadores sociais
Não tenho nada a me arrepender das escolhas que fiz, portanto continuarei sendo leal as convicções que me levaram a tomá-las e consequentemente me reconduziram ao cargo de vereador de Macapá.
Sendo assim, cumprirei um mandato popular, de esquerda, socialista, coordenado pelo meu partido e seguindo a vontade de mais de 48% da população que votou na frente pela mudança.
Por coerência e definição, farei então um mandato de oposição, mas não a oposição oportunista, raivosa ou pessoal mas sim coerente, sistemática e programática.
Por fim, num país com tantas desigualdades como o nosso, fazer política só encontra sentido se buscar o bem de todos, mas dentre todos, privilegiar os mais desprotegidos, e ajudar a emancipar os oprimidos, pautando-se nos princípios republicanos e humanistas na construção de um mundo melhor.
Muito obrigado”.
Para finalizar, Clécio revelou esperar que a mensagem enviada pelo Prefeito fosse menos subjetiva e sentimental e mais objetiva acompanhada por relatórios sobre a situação do Município e plano de governo conforme determina o ART. 222 da Lei Orgânica do Município de Macapá.

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