domingo, 30 de novembro de 2008

Após desistência de Sarney,PMDB articula lançar Simon para Presidência do Senado

GABRIELA GUERREIROda Folha Online, em Brasília

Na tentativa de evitar a eleição do petista Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado, o PMDB articula o nome do senador Pedro Simon (PMDB-RS) para entrar na disputa pelo comando da Casa Legislativa. Com resistências do senador José Sarney (PMDB-AP) em lançar seu nome para disputar a vaga com o PT, os peemedebistas avaliam que Simon poderá unir governistas e senadores da oposição em torno da candidatura da legenda.
O nome de Simon ganhou força esta semana, depois que Sarney sinalizou que não pretende aceitar o convite para entrar na corrida pela presidência da Casa. O peemedebista disse a interlocutores do partido que não está disposto a enfrentar uma disputa direta com Viana.
Como o PT não quer abrir mão de disputar as eleições, parte do PMDB articula o nome de Simon para substituir Sarney --uma vez que o peemedebista tem trânsito entre as mais diversas legendas da Casa.
O PMDB, maior bancada do Senado, reivindica a presidência com o argumento de que, tradicionalmente, o partido com o maior número de senadores deve ficar no seu comando. O PT, por sua vez, cobra o acordo firmado com o PMDB em 2006, durante as eleições para a presidência da Câmara.
Na época, o PMDB apoiou a eleição do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) em troca dos petistas apoiarem o nome da legenda na disputa de fevereiro de 2009. O PT manteve a promessa de apoiar a eleição do deputado Michel Temer (PMDB-SP), nome já lançado à presidência da Câmara. Mas argumenta que o PMDB não pode ficar no comando das duas Casas Legislativas, o que dificultaria o "equilíbrio de forças" no Congresso.
Apesar da candidatura própria do PMDB no Senado ameaçar a eleição de Temer, o partido não está disposto a recuar na decisão de disputar a presidência da Casa.
Em meio ao impasse, o Palácio do Planalto tenta costurar um acordo entre peemedebistas e petistas para evitar que os dois partidos da sua base aliada disputem a sucessão do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).

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