quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Ex-prefeito prepara relatório para Tribunal de Contas e Câmara de Vereadores

João Henrique: “Ainda não ouvi nada do prefeito Roberto Góes que me desabonasse”O ex-prefeito de Macapá, João Henrique Pimentel (PT), disse ontem (13) estar concluindo seu relatório de gestão para encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e à Câmara Municipal de Macapá. Ele afirmou estar dentro do prazo estabelecido na lei, que vence no mês de março. Caberá ao TCE o parecer técnico pela aprovação ou rejeição das contas.João Henrique informou ter executado R$ 360 milhões do orçamento do ano passado, fixado em R$ 352 milhões. Isso mostra ter ocorrido excesso de arrecadação. Segundo o ex-prefeito, a divisão do orçamento do município deixa muito pouco dinheiro para investimentos, daí a necessidade de ação política para convênios com o Estado e com órgãos do governo federal, além das emendas parlamentares.Indagado sobre como está recebendo as críticas acerca da situação da prefeitura e da cidade João Henrique afirmou encarar com naturalidade e como parte do processo político. “Ainda não ouvi nada do prefeito Roberto Góes que me desabonasse, o que tem é gente da imprensa e na imprensa querendo falar por ele”, disse. Ao falar do orçamento municipal, o ex-prefeito explicou como ele se divide.“A folha de pagamento dos servidores consome 53% (no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal), 15% vão para a Saúde e 20% para a Educação, e são verbas carimbadas cujos percentuais não podem ser diminuídos, e cerca de 6% vão para a câmara de vereadores. Some isso e veja o que sobra para custeio e investimento. Não tem como se manter apenas com o orçamento”, relata, acrescentando que a capacidade de endividamento do município hoje é de R$ 150 milhões.Sobre as dívidas deixadas para seu sucessor, João afirma não haver nenhuma ilegal, e que o prefeito Roberto Góes poderia constatar isso através de auditoria. Segundo ele, os dois prefeitos anteriores fecharam seus mandatos pagando débitos e deixando os servidores com salários atrasados. “Eu preferi pagar os servidores, pois as demais dívidas podem ser negociadas”.Na conversa com A Gazeta, João Henrique disse ter repassado detalhes de todos os convênios - os recursos estariam na Caixa Econômica Federal - com os respectivos valores à equipe de transição do novo prefeito. Ele citou a obra da Rua Mato Grosso (R$ 3 milhões), os Quiosques da Beira-Rio (R$ 900 mil de saldo), Canal do Jandiá (R$ 7,4 milhões), Estádio Glicério Marques (R$ 3 milhões), Vila do Mucajá (R$ 4 milhões), Aterro Sanitário (R$ 3 milhões), além de outros convênios menores. “Estou escrevendo dois livros contando detalhes de meus dois mandatos e algumas coisas de bastidores”, prometeu.

Gazetaonline.

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