A Prefeitura de Macapá tem mais de 60 prédios alugados, e paga adicional noturno para todos os funcionários, ainda que não trabalhem à noite. O prefeito Roberto Góes (PDT), disse isso em entrevista dada ao programa Tribuna da Cidade, da Rádio Cidade 101-FM. Góes ainda não tem o valor gasto com os aluguéis, mas informou que o custo do adicional noturno é de R$ 600 mil mensais. No geral a dívida deixada é alta, e apesar de o levantamento não estar concluído já supera os R$ 50 milhões. As contas correntes da Prefeitura apresentaram um saldo de apenas R$ 18 mil, e tem uma folha de salário mensal de quase R$ 12 milhões a ser paga. Vai haver corte de gastos e diminuição de cargos, disse o prefeito. A Prefeitura tem 1.118 cargos em comissão, dois quais apenas 486, os chamados FG1, podem ser ocupados por servidores do quadro.O prefeito também autorizou levantamento da situação de três contratos. Um é o da coleta de lixo, o outro é o do aterro sanitário, com validade de 20 anos, deixado em aberto pelo ex-prefeito. Só para o aterro sanitário a prefeitura desembolsa R$ 200 mil por mês. Falando em evitar desperdícios, Roberto Góes disse que a Prefeitura inadimplente com o governo federal, e já perdeu neste começo de ano uma emenda de R$ 10 milhões para a revitalização do Mercado Central. A emenda era da deputada federal Lucenira Pimentel (PR), mulher do ex-prefeito. Como exemplo vivo do desperdício, a nova equipe da PMM encontrou, no jardim do prédio uma torneira quebrada, que joga fora água tratada, desde novembro do ano passado.
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