segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Decisão sobre vereadores acusados de crime eleitoral fica para depois do recesso

Vereador Grilo é acusado de ter agilizado uma aposentadoria em troca de votosEmbora o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP), ainda não tenha divulgado o número exato de vereadores eleitos em 2008 que estão respondendo a ações de investigação por supostas práticas de crimes eleitorais, todos eles terão ainda que aguardar o término do recesso da justiça.Entre todos os processos que tramitam já justiça contra os eleitos em Macapá para os cargos de vereador e prefeito, apenas dois ajuizados contra o prefeito Roberto Góes (PDT) já foram julgados pelo juiz eleitoral Marconi Pimenta. As duas decisões saíram antes mesmo da diplomação dos eleitos que ocorreu no último dia 15 de dezembro.Durante a solenidade de diplomação dos eleitos, realizada no Teatro das Bacabeiras, ficou evidente que vários vereadores podem estar respondendo a ações de investigação. Oficiais de justiça estiveram presentes no evento apenas para notificar os denunciados.Os vereadores Charly Jhone (PP), Nelson Souza (PCB), Grilo (PV) e Péricles (PR) estão entre aqueles que terão de enfrentar ainda mais uma fase pós-processo eleitoral. Na maioria dos casos as ações partiram de ex-aliados, que antes integravam as mesmas coligações dos acusados de prática de crime eleitoral. O suplente de vereador Diego Duarte (PMDB), por exemplo, é o autor das ações que envolvem os vereadores Nelson Souza e Grilo.O vereador comunista está sendo acusado de compra de votos por uma eleitora. Segundo a denunciante o então candidato a vereador teria pago, através de um cabo eleitoral, a quantia de R$ 90,00 (noventa reais), para que ela e os dois filhos votassem nele. Durante depoimento ao juiz Marconi Pimenta a denunciante disse ter recebido os noventa reais em cédulas de vinte reais e que não lembrava a cor da pele do tal cabo eleitoral.Já o vereador Grilo é acusado por uma outra testemunha de haver obtido votos em troca de um processo de aposentadoria. Segundo a versão do denunciante Grilo teria conseguido agilizar o processo de aposentadoria de senhora idosa para que em troca votos. Tanto Nelson Souza como o vereador do PV negam tudo. Quanto ao vereador Charly Jhone a situação parece ser bem mais complicado. As vésperas do primeiro turno das eleições a Justiça eleitoral recebeu informações de que o candidato a vereador Charly Jhone (PP) estaria distribuindo dinheiro em sua residência. O juiz João Guilherme Lages acompanhado da Polícia Civil, Polícia Militar e membros da Comissão de Fiscalização dirigiu-se ao local onde prendeu a mulher, o irmão e um cabo eleitoral do candidato com cerca de 4 mil reais distribuídos em notas de 20 reais.Segundo informações do TRE, na casa do então candidato a reeleição haviam cinco pessoas aguardando o candidato. Independente do grau de acusação todos os vereadores foram diplomados, tomam posse no próximo dia 1º de janeiro e depois ficam aguardando a decisão da justiça para depois do recesso.

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