quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Entenda o caso do Vereador Charly Jhone

JORNAL DO DIA

O vereador Charly Jhone vem tendo problemas desde o ínicio da conveção municipal do Partido Progressista (PP), no qual correu o risco de de ficar sem legenda para tentar a reeleição à Câmara Municipal de Macapá nas eleições de outubro. Ele foi destituído da presidência do diretório municipal PP, fato naquela época, já comunicado ao Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE/AP).
O vice-governador do Amapá e secretário de Saúde do Estado, Pedro Paulo Dias de Carvalho, presidente do diretório regional do PP, disse ao JD que as atas assinadas por Charly Jhone não terão validade diante do TRE. " Ontem mesmo fizemos o comunicado ao tribunal acerca da intervenção e da formação da formação provisória do diretório municipal de Macapá, agora presidido pelo advogado Otni Alencar" , explicou Pedro Paulo.
Na tarde de domingo 29, o diretório regional do Partido Progressista promoveu intervenção no diretório municipal de Macapá, até então presidido por Charly Jhone, tornando inválidos os atos praticados por ele sobre coligações majoritária e proporcional nas eleições municipais de 2008. Segundo a direção do PP, Charly Jhone desrespeitou orientação partidária ao fechar aliança com o PSC, cujo candidato a prefeito de Macapá é o deputado estadual Moisés Souza.
Pedro Paulo informou que até ontem à tarde não havia conseguido localizar o vereador. " O Charly não nos procurou, e os atos praticados por ele estão inválidos. Estamos fechando nossas coligações e nossos candidatos a vereador. Ele não está expulso do partido, mas caso não apareça pode ficar sem legenda para concorrer ao pleito deste ano" , finalizou o presidente.
Entretanto, logo em seguida ele recorreu ao TRE-Ap no qual deu ganho de causa.
Formação de quadrilha. O promotor eleitoral Afonso Pereira, da 10ª Zona, anunciou em outubro que denunciou o vereador reeleito Charly Jhone (PP) por formação de quadrilha e como incurso no artigo 299 do Código Eleitoral. Um dia antes da eleição, Charly Jhone, a mulher dele, um irmão e outros assessores; foram levados à sede da Polícia Federal sob a acusação de tentar comprar voto.
Na casa do vereador, a Polícia Federal e a equipe de fiscalização da Justiça Eleitoral encontraram dinheiro. Charly Jhone e os outros presos só foram liberados no dia da eleição, após pagamento de fiança arbitrada pelo juiz eleitoral Marconi Pimenta. "
Na denúncia que eu fiz a, o vereador responde pela tentativa da compra de voto (artigo 299) e por formação de quadrilha" , explicou Afonso Pereira. O artigo 299 se constitui um rito bem distante para a cassação do registro ou do diploma. No processo, o Ministério Público Eleitoral entrou como fiscal, com a mesma causa de pedir. A ação principal foi ajuizada um suplente da coligação de Charly Jhone, Anab Monteiro, com base no artigo 41-A, a captação ilícita de sufrágio (compra de voto).
Afonso Pereira disse que outros quatro casos estão sendo investigados, envolvendo os vereadores Ruzivan (eleito), Péricles Santana (eleito) e Antônio Grilo (reeleito). Outras denúncias de crimes eleitorais estão sendo apuradas, mas ela chamou a atenção para relatos que chegam depois do pleito, alguns com a clara intenção de prejudicar candidatos eleitos. " Temos sempre cautela com as denúncias que recebemos, mas não deixamos de apurar, tanto que baixei algumas para a Policia Federal buscar maiores esclarecimentos" , destacou o promotor.

Nenhum comentário: